quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Um setembro qualquer

Ela me ligou dizendo que eu poderia escolher o que eu quisesse como presente de aniversário. Eu pedi um dinossauro. Com uma voz rouca e quase sensual ela disse que não era esse o espírito da coisa. Muitos aniversários depois eu ainda lembro daquela ligação. Se eu tivesse ganho aquele dinossauro provavelmente hoje eu não teria problemas com os cães da minha rua, eu teria uma condução para ir ao trabalho, ninguém mais roubaria minhas roupas do varal, talvez até me ajudasse a ter algum sucesso com as garotas. Ela ofereceu sexo, eu quis um dinossauro, acabei ganhando uma barra de chocolate meio amargo. Nem sempre se tem tudo o que se quer. Foi isso o que aprendi com aniversários.