quinta-feira, 23 de julho de 2009

Onde comprar

E o livro Tendências Literárias da ALVALES do qual participo com dois contos ( último post ), já está a venda na Livraria do Trem aqui de São leopoldo. Passa lá toma um café e compra o livro, precinho camarada :D
Fica aqui meu agradecimento ao pessoal da livraria que abre espaço para autores locais nas suas estantes, em especial ao Fabiano que me atendeu lá. Valeu.
Mas também dá pra entrar em contato comigo frontespicio@gmail.com e fazemos qualquer negócio. Em breve um post sobre data e local do lançamento do livro.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O primeiro

Saca só. Esse livro aqui do lado é a minha primeira publicação impressa. Chegou ontem. E acredite, ver seu trabalho em um livro mesmo que não seja um livro solo, é algo impagável. Porque tem o lance do papel, da textura, do cheiro. Estou há alguns anos cheirando livros de outros autores, cheirar o meu foi incrivel ( o que? nunca cheirou um livro?). Vamos ao livro. Essa antologia é uma iniciativa da Academia Literária do Vale do Rio dos Sinos ( ALVALES), e reúne 27 autores. Participo com dois contos, O gelo sobre a Rússia e O último Hendrix. Agradeço às garotas da ALVALES pela oportunidade, em especial à Mardilê Fabre pelo convite.
Em breve maiores informações sobre o lançamento e como adquiri-lo.






domingo, 12 de julho de 2009

Ferrorama

Eu poderia dizer que é uma noite como outra qualquer. Que é mais uma noite que acaba em vinho barato e guitarras estridentes nos meus pequeninos alto-falantes. Mas não é. Eu prefiro dizer (iludir) que estou quebrando uma rotina com outra rotina. Eu estou quebrando a rotina de terminar as noites em vinho barato e guitarras estridentes nos alto-falantes em dias de semana, com a rotina de acabar as noites em vinho barato e guitarras estridentes nos alto-falantes em finais de semana. Essa última frase ficou confusa e parece não ter sentido algum. Mas tem. Nos finais de semana eu posso escrever, ler, ver, ouvir ou vegetar no horário em que todos vão visitar o sonhar. Não preciso ter a preocupação de ter de acordar no outro dia e cumprir com os eventos sociais obrigatórios de todo o cidadão que não é milionário e vive no país do futebol. Não entenda mal, não estou chorando as pitangas aqui. Não é o meu feitio. Eu já saquei há muito tempo como funcionam as coisas. A vida é como ganhar um ferrorama. Antigamente ter um ferrorama em casa era um luxo para poucos. O cara sonhava mil e uma possibilidades com o trenzinho. Quando o guri ganhava o dito cujo, tirava da caixa enorme e montava segundo o manual. A graça terminava em menos de um mês. Porque toda a dinâmica do brinquedo fica restrita ao desenho do percurso dos trilhos. Ai o guri de saco cheio querendo mudar o trajeto do trem, invertia as peças dos trilhos. O que geralmente não acabava bem. E é isso que acontece quando escrevo. Eu esqueço o manual e tento inverter os trilhos. Vendo de longe pode parecer que eu sou um daqueles caras com mil e uma experiências edificantes sobre a vida para contar. Não se engane. Esse não sou eu. Pouco sei sobre a vida. Mas o que coloca em dúvida a minha analogia sobre o ferrorama não é isso. É o fato de que eu nunca tive um ferrorama. Sequer morei perto de alguém que teve um. No tempo do ferrorama eu jogava taco. Poderia ter feito uma analogia sobre o taco. Mas sobre jogar taco eu só tenho a dizer uma coisa: É terrivelmente emocionante.